A CASA abriu, nós temos CASA, mas o que há na CASA? Quem mora na CASA, ou melhor, quem habita a CASA além de fantasmas arrastando correntes/ações passadas de um passado morto e que teima em se fazer presente?
Aliás, o passado todo está morto ou continua vivo em nossos corações e vidas? Como falar de vida e morte quando falamos de memória?
Quem eram os habitantes antigos e o que faziam estes estranhos seres chamados "o povo da CASA"... Quem seremos nós que agora carregamos esta hipoteca e alcunha?
A CASA abriu e isso é fato... E agora no meio dessa loucura, dentro dos versos do poetinha, nosso amado Vinícius nós estamos:
"Era uma casa muito engraçada
não tinha teto não tinha nada
ninguém podia entrar nela não
porque na casa não tinha chão
ninguém podia dormir na rede
porque na casa não tinha parede
ninguém podia fazer xixi
porque pinico não tinha ali
Era uma casa muito engraçada
não tinha teto não tinha nada
ninguém podia entrar nela não
porque na casa não tinha chão
ninguém podia dormir na rede
porque na casa não tinha parede
ninguém podia fazer xixi
porque pinico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
na rua dos bobos número zero
Mas era feita com muito esmero
na rua dos bobos número zero"
Se somos bobos ou não, o tempo vai dizer, por hora nos contentamos em ser "o povo da CASA"...
E para todos que possam se fazer presentes (mesmo em suas ausências/omissões), nós temos teto, chão e paredes... Algum dia arrumamos os móveis...
Ou, quem sabe um dia uma rede... Mas balançar as memórias fica para outro dia...
o povo da CASA.